Duras. A doença da morte: um direito de asilo

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Annablume Editora.
Ano de publicação: 1998
86 páginas
ISNB 85-7419-041-1
Esgotado

 

4a capa

A doença da morte (de Marguerite Duras) é um texto surpreendente, do começo ao fim. Ele nos toca como um silêncio, se é que se pode referir assim a algo cuja matéria e espessura é dada pelas palavras. Trata-se de um encontro anônimo, mineral, entre ele e ela, um encontro de fluxos pulsantes da vida, onde choros, corpos, suores, sexos e mortes celebram a tentativa do amor. O texto emudece o leitor, em sua profundidade intensiva. Giovanna Bartucci reage a este mandato, recupera sua fala, invoca pulso e contorno, ali mesmo onde o amor se desmancha em líquidos. 

Ela responde ao encontro com vitalidade e ternura, fazendo-nos atentar para a profundidade da ferida de uma morte em vida, ferida-doença, que, instalando no ser um vazio, lugar de ninguém, impede, como uma dor anônima a chorar, a plenitude do amor, como fator de transformação do sujeito na relação com o outro.

Camila Pedral Sampaio, psicanalista

Orelha

Valendo-se do texto A doença da morte, de Marguerite Duras, Giovanna Bartucci apresenta uma obra saída da junção de teorias junguianas e neojunguianas com a expressão literária. Nessa união, a autora nos conduz a uma imersão na relação eu-outro e o que se nos apresenta é o dinamismo de transformação libertadora.

O Editor